BRASILIANO
- Rayana Eos
- 1 de dez. de 2017
- 4 min de leitura
Quando passava pela rua Álvares Cabral, no Bairro do Recife, entre as 10h e 11h da manhã, não entendia porquê de vez em quando subia um cheiro maravilhoso de comida no ar. Olhava para os lados e me perguntava de onde saía um cheiro tão bom, não sabia que um restaurante, o Brasiliano, estava escondido naqueles prédios antigos.

Descobri esse paraíso por indicação. Disseram para adentrar o prédio e subir até encontrar a entrada, mas fiquei realmente surpresa com o que vi: um hall vintage, aconchegante, com salão amplo e climatizado.

Também encontrei o melhor para pessoas indecisas como eu: uma mesa de 15 metros de comprimento com diversas opções de saladas, molhos, acompanhamentos, carne, peixe, frango e porco. Confesso que sou daquelas que, quando vai num self service, faz um carnaval no prato. Coloco tudo que dá vontade de comer (#quemnunca). E, por isso, o valor do meu prato ficou entre R$ 22 e R$ 26 todas as vezes que comi por lá. O quilo sai por R$ 48.

Quando descobri que cada dia da semana é focado em uma especialidade, assumi a missão na hora: conhecer o melhor de cada dia e relatar aqui. Confere:
Segunda: Cozido Pernambucano
Sabe aquele feijão de vó, bem “adubado”, caldo grosso, cheio de verdura, linguiça, que dá água na boca só de mexer na concha? O Brasiliano tem! O cozido estava com uma cara ótima, mas como não sou fã de cozido, caprichei nas saladas, que estavam frescas, bonitas e coloridas.

A salada de nozes com banana caramelada regada ao molho (caseiro) de iogurte com manjericão estava divina! O destaque especial deste dia da semana ficou para a Caponata, que é um dos carros-chefes da casa e é uma delícia.

Terça: Peixe e frutos do mar
No segundo dia me apresentaram aquela que me acompanhou a semana inteira: a farofa de banana caramelada (#farofapravida).

Nesse dia eu realmente não acreditei que estava num self-service: os peixes frescos, macios e hidratados; o peixe empanado sequinho, crocante, macio e suculento por dentro; um tal de filé de surubim ao creme de espinafre com um toque de bacon que fazia todo sentido.

Só pra atrapalhar, inventei de colocar no prato um pouquinho de amendoim coreano que não tinha nada a ver com a história e tinha um gosto muito forte, mesmo pra mim que amo amendoim.
Quarta: Pratos com charque e pizzas
Não achei que a pizza é um forte deles. O destaque desse dia vai para a Charque à Cubana, que é o casamento perfeito entre os opostos. A banana pega o sabor da charque e em troca devolve a maciez que o prato precisa. Divino!

Também provei o famoso lombo da casa, um prato muito procurado pelos clientes. Quem já comeu lombo em self service sabe que corre o risco de comer uma carne seca e sem gosto. Mas, no Brasiliano, pode confiar: a carne é suculenta e saborosa em qualquer dia que você for!

Nesse dia também tinha um quibinho crocante por fora, macio e molhadinho por dentro, que me fez mudar o conceito que tinha acerca de quibes.

Quinta: Culinária italiana
A quinta-feira veio com massas artesanais e diferentes recheios. Gostei muito do canelone de presunto e queijo. O ponto da massa estava ótimo, o molho cremoso, mas o recheio é ok. Então, meu preferido do dia foi o spaghetti com almôndegas. O molho de tomate que eles usam é muito bom e é difícil encontrar almôndegas gostosas em restaurantes do gênero.

Agora, o que realmente fez palpitar meu coração foi o Calabrês Artesanal. Parecido com uma focaccia por causa da aparência e fofura, ele estava macio e molhadinho. Tão gostoso que não precisa de recheio.

Como adoro comer com os olhos, amei a Trouxinha de Frango cremosa que fotografei e está em destaque no início do texto.
Sexta: Feijoada, carne de sol e pizza
Que tortura até aqui, hein? Na sexta eu quero destacar 4 pratos simplesmente incríveis. A carne de sol de filé suíno, o pastel de carne, o bolinho de feijoada e a berinjela Veronese.
Nunca tinha comido a carne de sol suína, mas é uma versão mais macia e branca – e com um sabor semelhante à carne de sol que conhecemos. Já o pastelzinho de carne ganhou o título de melhor que eu já comi na vida.

O bolinho de feijoada merece a menção porque pegar as carnes da feijoada, triturar e fazer um bolinho frito é uma ideia de gênio. E, por fim, a berinjela Veronese. Achei que não era possível gostar de berinjela e eles me provaram o contrário. Além de ser lindo para comer com os olhos.

Corra de: amendoim coreano. Gosto de amendoim, mas não gostei do sabor.
Corra para: os lombos (bovino e suíno) e o pastel de carne pela certeza da ótima escolha.
Restaurante Brasiliano Rua Álvares Cabral, 155, 1º andar, Bairro do Recife, Recife – PE Horário: Segunda a sexta, das 11h às 14h30 | Sábado e domingo é fechado Telefone: (81) 3224-2020
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